O regresso aproxima-se
Os pensamentos voam para o que está em Portugal à minha espera (e para o que não está) e para o que vou deixar para trás aqui.
Hoje, a perspectiva destes nove meses é estranha, parece que o tempo voou, que (quase) um ano de vida foi condensado em muitos momentos diferentes, de experiências novas e intensas. Passaram mesmo noves meses?!
Para trás vai ficar um dia-a-dia de uma independência subtil, mas muito preciosa, de um estilo de vida mais descontraído (e um pouco solitário), de uma rotina de trabalho e, mais marcante, desse espírito que é viver “no mundo”, deixar para traz a segurança da nossa casa e estar “à aventura”.
E, por muito que seja claro que, quando se escolhe um caminho há outros que ficarão por desvendar, não posso deixar de sentir um pouco de inveja pelo que ficou em Portugal, especialmente pelos bons momentos que não vivi com os amigos. Será que no regresso vou conseguir alcançá-los no caminho deles? Que não vou ser um pouco estranha?
E, qual o próximo passo? Porque durante estes meses, havia um objectivo, um plano definido: trabalhar, ganhar dinheiro (fazendo um pouco de turismo, claro, e descobrindo o que há por estas terras nórdicas). E agora? Embora seja apelativa a ideia de poder fazer qualquer coisa, não estar condicionada a um caminho e poder ser ainda o que se quiser (aquela ideia despreocupada que se tem enquanto se é estudante e jovem e a felicidade parece estar ao virar da esquina independentemente do rumo que escolhermos), é assustador não ter um plano, um guia…
Apesar de tudo, não trocava esta experiência por nada! Tudo foi (está a ser) perfeito e o que ganhei aqui muito precioso!
Hoje, a perspectiva destes nove meses é estranha, parece que o tempo voou, que (quase) um ano de vida foi condensado em muitos momentos diferentes, de experiências novas e intensas. Passaram mesmo noves meses?!
Para trás vai ficar um dia-a-dia de uma independência subtil, mas muito preciosa, de um estilo de vida mais descontraído (e um pouco solitário), de uma rotina de trabalho e, mais marcante, desse espírito que é viver “no mundo”, deixar para traz a segurança da nossa casa e estar “à aventura”.
E, por muito que seja claro que, quando se escolhe um caminho há outros que ficarão por desvendar, não posso deixar de sentir um pouco de inveja pelo que ficou em Portugal, especialmente pelos bons momentos que não vivi com os amigos. Será que no regresso vou conseguir alcançá-los no caminho deles? Que não vou ser um pouco estranha?
E, qual o próximo passo? Porque durante estes meses, havia um objectivo, um plano definido: trabalhar, ganhar dinheiro (fazendo um pouco de turismo, claro, e descobrindo o que há por estas terras nórdicas). E agora? Embora seja apelativa a ideia de poder fazer qualquer coisa, não estar condicionada a um caminho e poder ser ainda o que se quiser (aquela ideia despreocupada que se tem enquanto se é estudante e jovem e a felicidade parece estar ao virar da esquina independentemente do rumo que escolhermos), é assustador não ter um plano, um guia…
Apesar de tudo, não trocava esta experiência por nada! Tudo foi (está a ser) perfeito e o que ganhei aqui muito precioso!
posted by DRei @ 2:02 da tarde
5 comments
5 Comments:
O tempo realmente voa não é? Mesmo com as reservas que parecias estar a colocar no inicio desta aventura afinal sempre valeu a pena hem! Ficamos então cá a tua espera :) Bjs
Oh Andreia! Fico tão contente que tenha (esteja) valido (a valer) a pena! Ainda bem que tudo se alinhou. Eu percebo perfeitamente o que sentiste inicialmente e o que estás a sentir neste momento. Daqui em diante a vida terá outro sabor... E projectos futuros? Gostava de te ver por BXL ou próximo, mas se fores para um sítio mais longe também não faz mal.... É mais um destino a visitar!!!! Com caminha grátis. Já sabes que por ali tb estás bem servida! bjokas grandes e até breve???? Sei que as férias de Natal são sempre uma loucura, mas gostava imenso de te ver.
Nao sei se lembras de mim (mae portuguesa, pai finlandes) pelo que fui lendo, nao gostavas disto e como nao tinhas os horizontes abertos, vias mal em tudo da finlandia, agora como vais embora, talves entendes e des mais valor ao meu pais. Fico contente.
Terve!
Olá Hanna.
Não vi tudo mal na Finlândia. Mas acho natural, quando se chega a um país diferente salientar as diferencas. E sao nomeadamente as diferencas mais negativas que saltam a vista. Claro que muitos aspectos são bastante mais positivos aqui (e desde que cheguei que me apercebi deles), mas no dia-a-dia, os momentos mais caricatos são aqueles dos quais há vontade de falar. E sou a primeira a não julgar a cultura. Cada país é como é! Com coisas boas e más, mais ou menos aceites pelos outros povos.
Terve.
Acho que nos apercebemos depois das vantagens de passar uma temporada num sítio novo. É uma experiência que te vai ajudar, mesmo que não te apercebas. Não notas, mas a esta altura os teus horizontes estão muito mais alargados. E estás também ainda melhor pessoa. O conhecimento e a experiência não têm paralelo. Podes perder de um lado, mas estás muito mais forte nos campos que realmente vão interessar na vida que te espera.
Palavras são sempre parcas nestas alturas. Mas dou-te a certeza que adorei conhecer-te, desta vez a sério. Boa sorte sodona.
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