Acabaram quatro dias de passeio, visitas e muita animação. Foi um fds muito agitado e divertido!
A Joana de Kuopio e o Tiago de Oulu vieram à capital e trouxeram os pais e amigos. Resultado: muita conversa portuga animada e uns dias bens passados.
Na sexta-feira fomos passear a Seurasaari, uma ilha a 15 min do centro que é um museu ao ar livre, com cabanas típicas de todas as regiões da Finlândia. Infelizmente, estavam todas fechadas, por causa da época do ano, mas passeámos pela ilha que é bonita. Depois, fomos para a catedral assistir à Paixão segundo S. Mateus pelos Cantores Menores. Foi espectacular e a catedral estava cheia, com pessoas de todas as idades. Obrigada, Joana, pelo convite. Mas à entrada deu para tomar consciência da organização e sentido cívico dos finlandeses: uma fila organizada (e gigante) para entrar mas quando a hora do concerto se aproxima muito rapidamente a fila desfaz-se num abrir e fechar de olhos e é tudo ao molho, fé em Deus e cada um luta por si! No comments… Para acabar o dia em beleza, o Pai da Joana convidou-nos para jantar no restaurante fashion para a malta jovem: Zetor [tradução: tractor]. À entrada somos logo avisados por um cartaz: os casacos têm de ficar no bengaleiro. Preço por casaco: 2€!! No comments, mais uma vez… Mas a comida era boa e a empregada simpática. Foi engraçado!
No Sábado e Domingo, os meus amigos contacteantes foram visitar Tallin e eu fiquei por minha conta a passear. E, retiro o que disse: Helsinki é uma cidade muito bonita e com um encanto especial! Claro que, para tal, é preciso estar sol. No Sábado, apesar do frio, esteve um dia radiante e as pessoas saíram à rua em massa, todas com um sorriso na cara. Eu aproveitei para ir ao mercado, comprar umas iguarias finlandesas. À tarde fui visitar o museu nacional e aproveitei para dar umas voltinhas de eléctrico. É bastante usado por cá e um óptimo meio de conhecer a cidade, especialmente quando faz mau tempo e não há mais nada que fazer.
O Domingo começou com missa, meia em inglês meia em latim (o que foi estranho) mas foi uma missa pascal. O mais giro é que a igreja estava repleta de africanos, asiáticos, indianos e europeus (especialmente ingleses). Foi espectacular comungar com gente do mundo inteiro! Finda a missa, almocito e visita deslumbrante à ilha de Suomenlinna. Para começar, estava um nevoeiro digno de D. Sebastião e a viagem de ferry foi absolutamente fantasmagórica, com o ferry a navegar entre placas de gelo. A ilha, um forte construído pelos suecos para combater invasões russas, é património da Unesco desde há alguns anos. É um passeio espectacular.
À noite, companheiros contacteantes de volta, jantar e obviamente conversa.
Na segunda-feira foi dia de despedidas. À tarde ainda me vi no meio de muito aparato policial no metro. A minha imaginação diz que foi uma ameaça de bomba e hoje estava em pulgas para saber tudo pelos colegas. Mas, por mais estranho que possa parecer, nenhum jornal, nem uma noticiazinha sobre o ocorrido. Muito esquisito não se saber o que se passou quando a estação central ficou cortada. Estes finlandeses… Como o Tiago e amigos ainda ficavam em Helsinki todo o dia, combinou-se um jantar no melhor sítio da cidade: a minha modesta casa! E foi bem animado!!
Algumas coisas que aprendi nestes dias:
- Antes de sair de casa, ir sempre ao WC, ou arriscamo-nos a pagar 2€ num centro comercial para poder usufruir desse espaço.
- Aos feriados, a única actividade possível para realizar em Helsinki é andar de eléctrico porque tudo o resto está fechado. Mas é uma forma bem gira (e quentinha) de conhecer a cidade!
- O sentido de organização e respeito cívico dos finlandeses, incluindo o respeito pelas filas de espera, existe apenas até alguém o quebrar, momento a partir do qual é o “salve-se quem puder” [foi o caos para entrar na catedral no dia do concerto]
- Os museus por estas bandas são extremamente caros mas se dissermos que somos estudantes (a nossa palavra basta), esta pequena “white lie” pode significar a diferença entre pagar 5 ou 10€ por uma entrada.
- vizinho que é finlandês e que se cruza connosco pela primeira vez na escada do prédio, estende rapidamente a mão para um “passou bem” e uma apresentação (escusado será dizer, que os nomes são sempre incompreensíveis)
- A partir das 22h, três quartos das pessoas que vemos na rua estão bêbadas. Durante o dia, cruzamo-nos com 1 ou 2, mas nos dias feriado a média sobe para 5 ou 6 (que é mais ou menos o nº de pessoas que encontramos à noite na rua).
E assim acabou um fds grande espectacular! Obrigada Joana, pais da Joana, Tiago, mana do Tiago, Sérgio e Mané.
Daqui a 2 semanas é a festa em Oulu!!!