terça-feira, maio 30, 2006

E vivam o chouriço, a gelatina, os queijos, as Maria choc, o presunto, os sugos e, claro está, o bacalhau!!

segunda-feira, maio 29, 2006

Lá...lá...lá - Parte II

Esta tem sido a minha figura nos últimos tempos: a desfrutar das minhas musiquitas!... Desde clássica a rock, jazz e fado, 60's ou músicas das séries da nossa infância, tenho ouvido um pouco de tudo. Mas como a cultura musical não é grande e tenho (pela primeira vez) a internet aqui à mão a piscar-me o olho e a convidar-me a descobrir uma imensidão de novos sons, queria pedir sugestões... O que andam a ouvir? Já segui a sugestão do André e gostei bastante de Pauline Croze. Mais alguém?...

Realmente, foi um acontecimento!!

domingo, maio 28, 2006

Domingo em cheio!

Depois de um sábado de preguiça, um Domingo muito preenchido. Depois de me despedir da Joana, com um cafezito e muita conversa, lá fui para o parque Kaisaniemi onde decorreu durante o fim-de-semana o "World Village Festival". Muita animação: desde artesanato africano, música andina, comida asiática ou dança indiana, havia de tudo um pouco espalhado por tendas e barraquinhas para todos os gostos. Muitas organizações internacionais também estavam presentes assim como grupos missionários e de solidariedade, e barraquinhas de comércio justo. Muita animação mesmo!

Para acabar a tarde em beleza, um concerto na catedral: Popradský Detský Zbor (que é como quem diz "Poprad Children's Choir"). Fiquei arrepiada desde o início ao fim do concerto. Fabuloso! Helsinki pode não ser uma cidade muito bonita e sem muito que fazer, mas estes concertos de borla... são um bom presente.

Boa semana a todos.

sexta-feira, maio 26, 2006

Espero que não me tenha acontecido...

quarta-feira, maio 24, 2006

Mais um concerto...

Ora, hoje lá fui eu assistir ao meu segundo concerto de graça, desta vez apenas de piano. Bendita Academia Sibelius, cujos alunos nos dão estes presentes!
Lá me dirigi à Academia (pensava eu) e, quando entrei, (depois de ficar presa entre duas portas que não abriam de maneira nenhuma) o segurança lá me perguntou ao que vinha e se sabia onde estava. Ora o edifício que eu jurava ser a grandiosa e moderna Academia Sibelius é nem mais nem menos que o Parlamento! (Felizmente, nunca mais irei ver o senhor à frente. Que vergonha...)
E lá fui eu, à procura do dito edifício. O concerto foi quase privado: para pouco mais de 20 pessoas. Mas muito bom! Acontece-me sempre, ao som das primeiras notas, arrepiar-me completamente. E no final venho sempre com um desejo enorme de entrar dentro da arte, participar e criar algo, quer seja música, dança ou outra forma qualquer! É que não falha! Que saudades do meu piano... E que saudades do tempo em que ainda tocava música ao piano... Acho que tenho de dar largas à minha veia artística! (ou não...)

Crónica de um contacteante...

Estava eu a explorar o site do Programa contacto, mais concretamente a parte q diz respeito à Finlândia, quando descobri esta crónica do João Lopes, um C7 que estagiou em Helsinki há dois anos.
Tomei a libertade de a transcrever.

Helsínquia, 05 de Outubro de 2004

CRÓNICA DO ESTRANGEIRO

Cheguei a Helsínquia no final de Janeiro, por volta das dez da noite. Lá fora estava escuro, e tudo parecia construido no meio de uma floresta. O aeroporto apresentou-se com toda a organizaçao e tecnologia que representa o país, e num piscar de olhos estava eu de malas na mao à procura de um transporte para o centro da cidade. Estavam 10º negativos. Após ser ignorado e despachado repetidas vezes pelos motoristas de autocarro, na tentativa de obter informaçoes para chegar ao centro da cidade, lá consegui apanhar um que me levou para onde eu queria. Ao desembarcar vejo um grupo de africanos a pontapear um rapaz em plena praça pública. Acabava de presenciar algo que contrariava todas as estatísticas que havia recolhido, afinal de contas, não estava num país completamente sereno. O chao estava coberto por uma camada de gelo, onde apenas um bom patinador era capaz de andar sem cair, e perante este cenário fui obrigado a apanhar um taxi para percorrer apenas 500 metros. O sol espreitou durante 3 horas, por de trás de uma espessa camada de nuvens, voltando a esconder-se sem conseguir iluminar a cidade ou fazer subir a temperatura. A noite parecia interminável, a cidade despovoada e as pessoas deprimidas. Tinha a impressao de que Portugal estava muito longe, quase como noutro planeta, que as pessoas nao disfrutavam da vida, mas apenas tentavam sobreviver trabalhando e refugiando-se em casa à espera do dia de amanha. Tudo era programado antecipadamente, o vento parecia feito de laminas, e os transportes publicos chegavam cronometricamente à hora marcada, para nao se correr o risco de perder a ponta dos dedos ou nariz, só pelo facto de existir uma descincronizaçao do sistema. Foi com imensa sorte que arranjei um apartamento na manhã seguinte, e uma semana mais tarde mudei-me para lá. Estava situado no bairro mais difamado da cidade, onde se concentra a enorme comunidade de alcoólicos crónicos, que vagabundam pelas ruas o dia todo, formando bandos que se arrastavam e tropeçam à procura de algo para beber. Ir ao supermercado foi uma aventura durante os primeiros meses, perdendo horas para encontrar qualquer coisa. Querer comprar farinha e acabar por trazer açúcar, ou comprar natas e trazer soja, foram apenas algumas das dificuldades de comunicação que tive que ultrapassar neste país cuja língua não se parece com nada. No trabalho encontrava um refúgio, falava-se a mesma língua projectual, e a minha prestação era reconhecida logo após o início. Mas foi com enorme dificuldade que passei meses sem falar com ninguém no local de trabalho. Os finlandeses chegam e não cumprimentam, saíem sem se despedir, e raramente conversam, mas quando o fazem é em finlandês. Por exemplo, ao meu lado trabalha um arquitecto da minha idade, que apenas falou comigo durante 2 minutos nos ultimos 8 meses. Durante uma entrevista a um jornalista inglês, bastante conhecido, que habita na Finlândia há 30 anos, perguntaram-lhe o que é que não gostava na Finlândia. Ele respondeu: a localização, o clima e as pessoas. Isto representa bem as características deste país. No mês de Março tomei coragem, e fui a uma sauna pública para experimentar o famoso banho no mar congelado (A sauna é talvez o maior ícone da cultura Finlandesa, e associado a este momento de laser existem duas actividades: o banho no lago congelado e chicotear o corpo com um ramo de folhas de Birtch.), mas quando entrei na sauna, fiquei perplexo com o facto de ser culto estarem todos nus a chicotearem-se com um ramo e a beber cerveja sem parar, numa temperatura insuportavelmente superior a 120ºC. Não foi preciso mais de 2 minutos para eu ser obrigado a sair da sauna, mergulhar no buraco que tinham feito no gelo, e voltar para a sauna afim de repetir umas quantas vezes esta cerimónia.
Naquela altura do ano a luz solar permanecia mais 5 minutos a cada dia que passava, e no seu apogeu, em finais de Junho, iluminava o ceu permanentemente. Esta rápida evolução na duração do dia deixa qualquer um desorientado, sobretudo porque não existem persianas nas janelas, e a luz solar entra em casa às horas menos apropriadas. Eu tinha o hábito de começar a preparar o jantar quando anoitecia, mas um dia dei por mim a jantar à 1:30 da manhã, mas foi quando me apercebi que estava a ir à casa de banho ás 3 a.m., com os óculos escuros postos que tomei consciência que algo estava realmente errado. Passaram 2 meses sem se ver as estrelas. Todos os dias cruzava um local do meu bairro, e ouvia uma voz vinda de uma sarjeta que anunciava as horas de partida de um transporte, e durante meses eu pensei que essa voz vinha do metro, apesar da estação ficar um pouco longe daquele local. Meses mais tarde uma amiga minha traduziu a placa que existe ao lado da sarjeta, que eu pensava estar relacionada com um aviso para não colocar nada na sarjeta, e qual foi o meu espanto quando descobri que se tratava do único monumento do meu bairro. Um altifalante numa sarjeta que anunciava a partida de um avião para Amesterdão. Quase toda a gente vive sozinha, em apartamentos com pouco mais de 20 m2, e dedicam o seu tempo ao trabalho ou a pequenas actividades como a musica ou o desporto. O custo de vida na Finlandia é bastante elevado, e nao há muitas actividades de lazer disponiveis ao público, talvez seja por isso que se tornam introvertidos e elejam o culto do alcool como uma prática diária e que lhes permite se extroverter. Na minha opiniao, esta experiencia na Finlandia é sobretudo uma liçao organizacional, de gestao dos principios básicos que muitas vezes deixamos de dar valor, e sem duvida, uma aventura que explora um povo nordico de caracteristicas bem peculiares, e que por vezes nos surpreende de uma forma muito positiva.

Por: Joao Correia Lopes


Achei piada como as nossas experiências têm tantas coisas em comum (até acho que o bairro onde moramos é o mesmo!). Obrigada João.

segunda-feira, maio 22, 2006

Is it cold? Not yet!

+15°C / 59°F (This is as warm as it gets in Finland, so we'll start here.)
People in Spain wear winter-coats and gloves.
The Finns are out in the sun, getting a tan.

+10°C / 50°F
The French are trying in vain to start their central heating.
The Finns plant flowers in their gardens.

+5°C / 41°F
Italian cars won't start.
The Finns are cruising in cabriolets.

0°C / 32°F
Distilled water freezes.
The water in Vantaa River gets a little thicker.

-5°C / 23°F
People in California almost freeze to death.
The Finns have their final barbecue before winter.

-10°C / 14°F
The Brits start the heating in their houses.
The Finns start using long sleeves.

-20°C / -4°F
The Aussies flee from Mallorca.
The Finns end their Midsummer Celebrations - autumn is here.

-30°C / -22°F
People in Greece die from the cold and disappear from the face of the earth.
The Finns start drying their laundry indoors.

-40°C / -40°F
Paris starts cracking in the cold.
The Finns stand in line at the hotdog stands.

-50°C / -58°F
Polar bears start evacuating the North Pole.
The Finnish army postpones their winter survival training awaiting realwinter weather.

-60°C / -76°F
Korvatunturi (Santa Claus lives there) freezes.
The Finns rent a movie and stay indoors.

-70°C / -94°F
The false Santa moves south.
The Finns get frustrated since they can't store their traditional boozeKoskenkorva outdoors. The Finnish army goes out on winter survival training.

-183°C / -297.4°F
Microbes in food don't survive.
The Finnish cows complain that the farmers' hands are cold.

-273°C / -459.4°F
All atom-based movement halts.
The Finns start saying "Perkele, it's cold outside today."

300°C / -508°F
Hell freezes over.
Finland wins the Eurovision Song Contest.
(Ok. Se calhar é melhor retirar esta última... Quem escreveu nunca acreditou que eles algum dia iriam mesmo ganhar!)

domingo, maio 21, 2006

E há dois meses, as despedidas foram assim...



Que saudades!! Bjinhos.

Vizinhos e companhia

Há cerca de uma semana apareceu no elevador do meu prédio um anúncio (em finlandês, claro!), do qual percebi que se passaria algo em casa dos meus vizinhos da frente hoje entre as 20h e as 24h. Hoje de manhã cruzei-me com eles (um casal de namorados mais ou menos da minha idade) e fiz-me de desentendida. Perguntei sobre o que era o tal aviso. A minha vizinha (muito simpática) disse-me que era a festa de inauguração da casa (para a qual se mudaram 3 dias antes de mim) e que estava convidada a aparecer até porque ainda não me conhecia e era uma boa oportunidade de conversarmos.
Por volta das 21h lá fui eu, percorrendo o hall da escada até à porta da frente, um bocado sem graça, tocar à campaínha. E assim começou uma noite muito bem passada na casa gigante (em comparação com a minha) dos vizinhos da frente, Sara e Jani. Lá meti conversa com algumas pessoas, decobri q a minha vizinha viveu 6 anos nos EUA (está explicada a sua simpatia e convite imediato para a festa) e que trabalha no Kiasma (Museu de arte moderna) e também é bartender. Alguns amigos ficaram um pouco desiludidos comigo porque quando viram "Lopes" escrito na porta da frente ainda pensaram que talvez vivesse aqui a Jennifer Lopez. Afinal, desfiz o sonho e pobres deles... ; ) Ponto alto da noite foi o Festival Eurovisão da Canção e a celebração da vitória da Finlândia. Na verdade, é um feito histórico porque, à semelhança de Portugal, fica sempre no fundo da classificação com uma média de 5 pontos. O pessoal ainda foi todo para a rua celebrar mas, como com certeza ia acabar em bebedeira (coisa que, estranhamente, não aconteceu aqui), achei melhor não estragar a noite e ir para a caminha bem disposta.
À saída, nas despedidas e "sempre que precisarem de alguma coisa toquem à minha campaínha" a Sara ainda diz: "Tu também. E se estiveres aborrecida, também. A qualquer hora!!" Que simpáticos, mesmo!!

sexta-feira, maio 19, 2006

Uma tarde/noite bem passada

Ora que hoje a minha vida social deu uma pequena mostra de existir. Já tinha combinado um cafezito com o meu amigo Antti algumas vezes mas, depois de algumas tentativas frustradas, há terceira lá foi de vez.
O encontro foi marcado para as 17h30 e lá fomos tomar um cafezito (explico aqui que jantar ou algo do género era suposto já ter acontecido por esta altura). Escolhemos, para minha perdição, o café/loja Fazer. Para quem não sabe, esta é "A Marca" de chocolates finlandeses. Deliciosos!! Lá comi a minha fatia (pequenita) de bolo e um cafézito a olhar para montras com bolos, gomas e chocolates de fazer crescer água na boca.
Em seguida fomos ao cinema: "Don't come knocking". O filme é bom, nada comercial, embora um pouco parado. Mas gostei do realizador: o filme parece uma sucessão de fotografias. Muito bonito. Para verem o quanto ainda não me habituei a certas características da Finlândia: quase a meio do filme, e depois de pensar porque raio apareciam tantas legendas se eles nem falavam assim tanto, me dou conta que as legendas (como tudo por aqui) aparecem em duas línguas: finlandês e sueco. Dahhh...
E depois do cinema, que fazer?... Ora, ir tomar um copo no bar/restaurante panorâmico do Sokos no 10º andar (talvez o segundo edifício mais alto de Helsinki). Obviamente que tomar uma bebida alcoólica sem jantar, e tendo em consideração que a última coisa que tinha comido tinha sido às 18h é arriscado. Mas se a coerência deste post não é menor que a dos anteriores, é porque a desgraça não foi grande ; )
E, de volta a casa, às 23h20 (a vida social por estas bandas acaba cedo). Foi uma injecção de boa disposição. E ainda recebi o convite para ir jantar na quarta-feira: pasta! Que bom!
Bjinhos e bom fds.

quinta-feira, maio 18, 2006

Mas o que é isto??!...

Ora, no último post estava a falar de uma coisita pouca que vi. É que ainda estou meio abananad com o que se passou por aqui. É que o meu amigo Tiago (de Oulu) foi agredido na rua às 20h por dois gajos bêbedos, sem qq motivo. Resultado: nariz e dentes partidos, 3 horas de espera no hospital (a sangrar imenso) e uma conta bancária mais magrinha depois de um dia passado em médicos. Mas que raio de pais é este? Onde já se viu agredirem uma pessoa sem motivo às 20h!!! Estou mesmo perplexa. E hoje, a minha chefe ainda me disse que não é boa ideia andar sozinha quando está escuro porque ainda neste Inverno uma rapariga foi violada à frente da estação central (que é o dos pontos mais movimentados da cidade). Claro que, quando saio à noite, é na estação central que apanho o autocarro para casa!! Para somar a isto, ainda soube que duas raparigas portuguesas foram assaltadas e roubaram-lhes todo o dinheiro!!. Ora, não era a Finlândia supostamente um país seguro, quase sem crime, ou sonhei ?!... Estou mesmo...
O que vale é que o pessoal tem espírito positivo e bom humor e, se o Tiago continua a adorar este país, acho que o melhor é seguir-lhe o exemplo e gozar a estadia por estas bandas, sem pensar muito nestes incidentes (que afinal até são actos isolados).

terça-feira, maio 16, 2006

Uma vida agitada...

O meu dia-a-dia é tão agitado por estas bandas que o meu momento mais emocionante de hoje foi ver quatro polícias à paisana algemarem dois gajos (com aspecto de gangsters, diga-se) quando ía a sair do autocarro. Isto, pertinho da minha casa (já me sinto mais segura!...ohh...ohhh).
Afinal, por estas bandas tb há crime...

segunda-feira, maio 15, 2006

VIP

Hoje no trabalho, qual não é o meu espanto quando recebo uma carta. E mais: da Embaixada de Portugal! Ora que eu, Andreia Lopes, fui convidada para uma recepção na Embaixada. Qual VIP...

E esta, heim?...

(segundo ouvi dizer, é ocasião para quebrar o jejum de pastelinhos de bacalhau e rissóis de camarão e provar vinho português que não se encontra por estas bandas. Parece-me bem!...)

Fabuloso!!

Saí de casa a pensar que ia ver um concerto pequenito, pelos alunos da Academia Sibelius na Igreja que vos falei, coisa para uma horita...
A verdade é que foi realmente fabuloso. Quase duas horas de música, com uma solista de violoncelo!
E ainda tocaram uma das minhas músicas favoritas.

Um espectáculo!!

Mikkeli

Ora, então, aqui vai o relato das aventuras do fim-de-semana. Não que tenham sido grandes. Antes, foram dois dias descontraídos, cheios de conversa e boa disposicão. Mas o começo foi um bocadinho stressante. Ora eu, que passo quase todos os dias de trabalho sem fazer muito, no único dia que tenho que sair a horas o chefe pede-me para ficar até mais tarde para fazer umas experiências urgentes! É que foi mesmo pontaria. Lá tive que dizer que tinha o bilhete de comboio comprado e esperar que não tenha ficado um pouco mal vista. Azar!
A viagem lá foi um bocadinho difícil de passar mas deu para perceber porque os finlandeses dão tanta importância à natureza. É que aqui ela é realmente imponente! As florestas vestem-se de imensos tons luxuriantes de verde e os lagos transmitem uma serenidade impressionante na claridade depois do por-do-sol (mesmo às 22h!) E se pensarmos que estas paisagens (saídas dos panfletos turísticos) duram pouco mais de dois meses... ainda as apreciamos mais.

Na minha chegada a Mikkeli, a Sara estava lá à minha espera, com umas boas vindas calorosas. E lá nos fomos conhecendo no caminho até casa e conversando, conversando... Sábado foi dia da chegada da Joana e de compras. E também de saída à noite. Aí foi a aventura. Primeiro foi “lutar” para conseguir um sítio para jantar, o que acabou por acontecer nessa pérola da cozinha internacional, que é o McDonald´s. E mesmo assim, foi por um triz! Depois, fomos ao Kharma, a (única?) discoteca de Mikkeli. Para terem uma ideia do que é a noite na Finlândia, eis alguns dos pontos altos da noite:
- mudar constantemente de local na pista de danca para escapar ao “cola” de alguns homens. A Joana até deixou um senhor bastante baralhado e indeciso se a deveria seguir a dancar pela pista fora (qual maratonista!). È que o homem ficou mesmo indeciso...
- evitar olhar muito para quem nos rodeia, nao vão os “lindos” finlandeses e finlandesas pensar que os estamos a engatar.
- observar como o engate pode ser reduzido ao mínimo de segundos possível: um homem virou-se para nós e simplesmente fez sinal para o seguirmos (ficámos tão... que nos desmanchámos a rir).
- observar o senhor que andou toda a noite atrás de raparigas e de repente começa aos sinais e risinhos com outro senhor e saem os dois de mãos nos ombros (para fazer o quê, não sabemos... Mas deêm asas à vossa imaginacão...)
- o moço simpático que se sentou ao lado da Sara, lhe perguntou se os rapazes finlandeses a assustavam e que queria descobrir o amor com ela ao som de música clássica e fumando uns charros.


E foi o fim-de-semana em Mikkeli. Obrigada Sara e Joana. Foi um prazer passar estes dias com vocês.

sexta-feira, maio 12, 2006

Mais um fim-de-semana à porta…

...e, desta vez, vou conhecer Mikkeli, uma pequena cidade mais para o interior. O convite foi feito pela Sara, portuguesa muito simpática, que me convidou sem mesmo me conhecer. Fantástica! Vai ser um fds tuga feminino muito animado. Ora aguardem os registos fotográficos das aventuras da Andreia, Sara e Joana em Mikkeli!!

Bjinhos e até para a semana.

quinta-feira, maio 11, 2006

Lá...lá...lá

É impresionante as coisas que nos dá para ouvir quando a nossa morada muda para outro país. Senão, ora vejam o que saquei hoje da net:
As Doce, vários fados (Amália e Mariza), Carlos Paião, até Madalena Iglesias!!
Acho que afinal nós, portugueses, temos mesmo qualquer coisa em comum, que nos distingue nos outros países. Ainda no outro dia, quando estávamos alguns tugas lá veio o gritar no meio da rua, muitos bjinhos e abraços nas despedidas e "olás" que, obviamente duram uma eternidade!... Quer queiramos, quer não, somos mesmo assim. E sabe tão bem : )
Bjinhos

quarta-feira, maio 10, 2006

Dá para matutar...

Ontem li esta frase no blog do João que está na Califórnia. E realmente, dá para pensar como as nossas leis tornaram o mundo esquisito...

«Quando no Japão o dia acaba, começo eu o dia que já passou...»

Muito estranho...

terça-feira, maio 09, 2006

Hoje descobri...

..uma coisa q tenho em comum com os finlandeses.

Ía eu de manhã para o meu dia de formaçao sobre o equipamento com que trabalho, onde o registo dos participantes do evento começava às nove. Ora, quem me conhece sabe que, obviamnte cheguei muito antes da hora! Ainda andei a fazer um bocadinho de tempo mas... nem era preciso. Às nove metade dos participantes já tinham chegado e já se estava no coffee (não break, pq tínhamos acabado de chegar, mas algo do estilo...)
Escusado será dizer que os oradores nunca se atrasaram nas apresentações... Ao menos, uma característica que bate certo comigo.

Claro que ao longo do dia me apercebi de outra característica deste povo: eu e o meu colega de trabalho trocámos (talvez) 50 palavras durante o dia todo. E, estivémos sempre ao lado um do outro. Viva o silêncio!! : (

Estava eu a dizer...

segunda-feira, maio 08, 2006

Os meus passos no mundo..

Mais outra ideia gira que vi no blog da Ana! Mas ela vai à frente... Ena, já tantos!!... Mas eu ainda estou no começo : ) Já conheço 6 países (2%).



Ah...também já vi o aeroporto de Londres e Amesterdão (várias vezes). Mas isso não conta, pois não?... Tá mal... ; )

Pièce de résistance

Como foi que me esqueci, no post anterior, do pormenor mais.... (eu não queria dizer...) ridículo!!!


Ora, este aviso, colocado em todas as varandas que dão para a escada do prédio, indica as horas e dias da semana a que é permitido: sacudir roupa e roupa de cama, tapetes, bater colchões..

Valha-nos Deus, até para isto há normas!!...

É uma casa finlandesa, com certeza!!

Ora, hoje vai aqui uma introduçao (com visita guiada, e tudo) a uma casa típica finlandesa (embora, acho que as casas nórdicas no geral, tb são assim). Claro que a minha não é bem, bem típica, a começar pelo facto de ser um apartamento e, mais, minúsculo. Mas, serve...


1 - Todos os prédios têm à entrada uma escova (grande) para limpar a neve das botas e não molhar o chão. Quando estão uns bons centímetros de neve, dá mesmo um jeitão!...

2 - Porta que é porta, abre sempre para fora, que é como quem diz, ao contrário do que estávamos a fazer. E quando, finalmente, pensamos que é desta que vamos acertar (e não puxar desesperadamente e pensar raios e coriscos, "mas porque é que o raio da porta não abre?!...")... não, ainda não foi desta que acertámos... E (não se vê muito bem) mas as campanhias estão sempre na porta.

3 - A caixa do correio (tão joly) com o meu apelido (não se enganaram no nome, vá lá...)

4 - Logo à entrada, o armário para os casacos, luvas, cachecóis e barretes e sapatos. Sim, porque os sapatos não passam da entrada! Em casa, só meias...

5 - Todas as divisões têm o aquecimento central, sempre por baixo da janela. O meu, bem velhinho, lá vai aquecendo não tão bem quanto devia... São sempre a água e é o porteiro que regula o aquecimento durante o ano.

6 - Ora aqui vem uma peculiaridade. Como podem ver 2 chuveiros. É que por estas bandas, a torneira do lavatório tem sempre um chuveirinho. Gente estranha...

7 - Lembram-se de um post que dizia que estávamos há muito tempo na Finlândia quando era normal por a loiça a escorrer no armário?? Não é assim tõ descabido. É que o armário por cima do lava-loiça tem mesmo essa função. (Às vezes, lá têm umas ideias práticas!!)

8 - E viva a reciclagem!! Até os caixotes do lixo se vendem em packs de 3: papel e cartão, lixo normal e biodegradável. É assim por aqui...

9 - A lavandaria é sempre na cave (realmente, nos meus 18m2 era difícil caber a máquina. Só no meio da sala...) Óptimo local para travar conhecimento com vizinhos, falar do tempo e dos programas das máquinas da roupa. Ao lado da lavandaria é a sauna. Ainda não pude experimentar : ( porque de momento está restricta aos vizinhos que não têm água quente) mas mal posso esperar. Embora, passar uma boa meia-hora no relax, com as vizinhas, tal qual como se veio ao mundo seja... no mínimo estranho. Mas, no país da sauna, nem pensar usar fato-de-banho!!!...

Bem, espero que tenham gostado da visita.

Bjinhos a todos.

Maravilhas da natureza

Hoje, quando saí para trabalhar, deparei-me com um espectáculo lindo! Os jardins e parques encheram-se de verde: a relava deixou de ter o ar seco e queimado da neve e as árvores vestiram-se estrondosamente! E isto, apenas num fim-de-semana. Em Portugal, não é assim, pois é?

Realmente, é um mistério como a natureza, depois de adormecida no longo Inverno, explode em cor em apenas dois dias!

domingo, maio 07, 2006

Reflexões...

Isto de se viver no estrangeiro, longe das pessoas que se conhece, faz-nos olhar a vida de outra maneira e a perspectiva que tínhamos do que nos rodeava muda muito.
Desde que cheguei, posso dizer que os mil e um problemas mínimos triviais que me ocupavam os pensamento no meu dia-a-dia estão bem longe e deixaram espaço para pensar mais nas coisas e pessoas que me são importantes. Alguns amigos estão bem mais próximos (outros, realmente, a uns milhares de quilómetros), as conversas familiares também têm um gosto e uma animação especial. Dou comigo a querer comprar montes de prendas para todos sempre que saio à rua...

O pior, é quando se pensa de mais na vida... E as novas perspectivas que se formam são demasiado angulosas, cinzentas...


O que um Domingo de ócio não faz a uma pessoa?...

sábado, maio 06, 2006

E o verão chegou...

Hoje, primeiro Sábado após o Vappu, e ainda por cima com sol, só podia ser dia de todos os finlandeses saírem à rua. E mais: todos com roupa de verão! (escusado será dizer que eu ainda vesti 2 camisolas e um casaco! Qual ET!!...) A temperatura chegou quase aos 20ºC e foi ver pessoal de alças e chinelas. Realmente não sei como conseguem. É que por aqui, está sempre um vento frio que vem do mar… grrr…

E, hoje a visita fez-se a Temppeliaukion kirkko. É uma igreja luterana construída no meio das rochas no centro da cidade. Muito impressionante ficar por momentos em silêncio no templo. (Isto foi o que eu e mais dezenas e dezenas de turistas russos e os senhores que andavam a montar o aparato todo para um concerto pensámos… Mas hei-de voltar noutra altura menos concorrida.)

E, por hoje, o passeio foi curtinho. Amanhã há mais.

sexta-feira, maio 05, 2006

Nova "habitante" da minha parede


Obrigada Nuno! Adorei!!! A tua prenda não foi a primeira mas é, de certeza, a maior!

Para estar de bem com a vida e saborear as pequenas coisas...

quinta-feira, maio 04, 2006

Eles vêm aí


Estes já chegaram. Mais estão a caminho! Ou não...

Chiiii... tanta gente!!

Estas modernices que inventam... No outro dia inscrevi o meu blog no site meter para saber afinal quem anda a ler as minhas aventuras. E o que descobri? Que o Tiago no Japão me visitou e tb o Bruno da Alemanha. Que a Inês de Copenhaga vem aqui regularmente, certo?? E os amigos do Tiago (lá do norte...) tb já me visitaram. E descobri que o João Metelo tem um blog (ainda não tive tempo para espreitar muito) com o meu link... E a Mara!! Todos os dias, lá aparece St Andrews! Como o mundo é pequeno!!

Desculpem o meu entusiasmo infantil mas é mesmo fixe saber que o pessoal até nos liga e pensa em nós de vez em quando. Bigada a todos. E bjinhos.

terça-feira, maio 02, 2006

Fim-de-semana em Oulu

E já terminou um fds intenso na companhia da Joana e do Tiago.
Muita borga, poucas horas de sono... Algumas imagens que ficaram: muitos estudantes portugueses por aquelas bandas, que proporcionaram conversa tuga animada, dois dias sem ver “noite”, a descoberta de que as 4 da manhã são a melhor hora para tirar fotos, enchentes de estudantes (que é como quem diz, mecânicos), muita gente bêbeda, uma tarde de compras animada em busca de ténis castanhos e umas valentes dores de pés. Ah... e muita gente bêbada!!





E como diria o Pedro (um português que conhecemos na rua): “- É o vappu!”